Banca de DEFESA: LUÍZA ALVES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUÍZA ALVES DA SILVA
DATA: 16/12/2025
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório PPGEnf
TÍTULO: FATORES ASSOCIADOS AO USO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS E PRÁTICAS PARA O PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
PALAVRAS-CHAVES: Saúde Reprodutiva. Anticoncepção. Saúde da Mulher. Saúde Pública. Iniquidades em Saúde
PÁGINAS: 64
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

Introdução: A saúde reprodutiva envolve os aspectos relacionados à vivência livre, segura e responsável da reprodução e de todas as funções do sistema reprodutivo. Apesar de todos os esforços empregados mundialmente, o acesso à saúde sexual e reprodutiva (SSR) não acontece de forma ampla e equitativa. Desigualdades sociais e desigualdades relacionadas às questões de gênero e de orientação sexual são alguns dos fatores que atravessam essa questão, dificultando o acesso de determinados grupos à saúde sexual e reprodutiva. No entanto, um longo caminho ainda precisa ser trilhado, o foco nos direitos humanos, a busca por igualdade de gênero e o acesso universal a serviços públicos devem continuar a nortear as ações de governos e da sociedade civil e fazem parte da Agenda 2030.Objetivo: Analisar a prevalência e fatores associados ao uso de métodos contraceptivos por mulheres entre 20 a 49 anos no município de Teresina – Piauí. Método: Estudo transversal, de caráter descritivo, com análise quantitativa de dados, realizado por meio de amostragem por conglomerado. A amostra foi estimada com base na população de referência listada Secretaria Municipal de Saúde de Teresina (FMS – TERESINA). As entrevistas foram realizadas no domicílio da mulher, após orientação e consentimento da entrevistada por meio da assinatura do Termo de consentimento livre e esclarecido e a entrevista teve duração média de 10 a 20 minutos. Resultados: A média de idade foi de 34,69 anos (IC95%: 34,00–35,37), com mediana de 35 anos, autodeclaradas pardas (60,3%), não possuem plano de saúde (73,9%), rendimentos entre 1 e 3 salários-mínimos (62,2%), com ensino médio completo (45,8%). A média da menarca foi de 12,74 anos (DP = 1,70) e coitarca de 17,54 anos (DP = 3,10), heterossexuais (97,5%) e entre um e três parceiros sexuais nos últimos seis meses (85,5%). Mulheres com 40 anos ou mais tiveram maior prevalência de esterilização, e a razão de chances (OR = 4,987) indica que mulheres mais jovens (20–39 anos) apresentam cerca de cinco vezes menos chance de ter adotado um método definitivo quando comparadas às mais velhas. Mulheres de 20 a 39 anos foram mais propensas ao uso de métodos hormonais, com OR = 0.483, indicando que mulheres mais velhas (≥40 anos) têm menor probabilidade de utilizar contraceptivos hormonais. A posse de convênio ou plano de saúde apresentou associação relevante (p<0.001), sugerindo que o acesso a serviços privados pode ampliar as possibilidades de orientação e oferta de métodos contraceptivos de longa duração. A razão de chances (OR=0.438; IC95%: 0.268–0.717) revela que mulheres de 20 a 39 anos têm menor chance de não utilizar métodos tradicionais, evidenciando que a juventude está associada à maior probabilidade de uso desses métodos. Conclusão: Os achados evidenciam um padrão de uso contraceptivo fortemente marcado pela idade e pelas condições socioeconômicas, revelando desigualdades estruturais no acesso e na escolha dos métodos. Em conjunto, esses resultados indicam que o uso de métodos contraceptivos no município estudado não é apenas uma decisão individual, mas um fenômeno moldado por determinantes sociais e etários, com repercussões diretas na autonomia reprodutiva.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3059512 - LÍVIA CARVALHO PEREIRA
Interno - 3017215 - HERLA MARIA FURTADO JORGE
Externo ao Programa - 2241271 - JARDELINY CORREA DA PENHA
Externo à Instituição - 973.***.***-15 - PRISCILA DE SOUZA AQUINO - UFC