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Banca de DEFESA: SAMUEL JOSÉ LIMA DE CARVALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SAMUEL JOSÉ LIMA DE CARVALHO
DATA: 30/05/2025
HORA: 14:30
LOCAL: sala de defesa PPGED UFPI
TÍTULO: CORPO INSCRITO: A TRAJETORIA DE JOVENS NEGROS COTISTA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMACAMPUS CAXIAS
PALAVRAS-CHAVES: Corpo. Negro. Juventude. Política de Cotas Raciais. Universidade.
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Educação em Periferias Urbanas
RESUMO:

RESUMO

 

A presente dissertação de Mestrado está vinculada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Piauí (PPGEd – UFPI), na linha de pesquisa de Educação, Diversidade/Diferença e Inclusão, apresentando como objeto de estudo a trajetória de jovens negros cotistas. Parte-se do problema: Como tem sido a trajetória de jovens negros cotistas na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA – Campus Caxias), destacando as suas dificuldades, modos de enfrentamento e de subjetivação? Desse modo, é tecido o seguinte objetivo geral: Analisar a trajetória de jovens negros cotistas no ensino superior, a partir do Sistema Especial de Reserva de Vagas da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA - Campus Caxias), destacando as suas dificuldades, modos de enfrentamento e de subjetivação. Ainda, no percurso investigativo, possui os seguintes objetivos específicos: a) analisar como a Lei n° 9.295/10 vem sendo discutida e implementada na UEMA – Campus Caxias; b) compreender como ocorreu o processo de inclusão dos jovens negros cotistas na  UEMA – Campus Caxias a partir de suas experiencias; c) relacionar as dificuldades enfrentadas por jovens negros cotistas na sua trajetória no ensino superior; d) identificar os modos de enfrentamento das dificuldades por jovens negros cotistas na trajetória do Ensino Superior e seus efeitos nos processos de subjetivação. A abordagem metodológica adotada neste estudo é a Cartografia, método de pesquisa-intervenção que acompanha processos, produz subjetividades, causa efeitos no plano das forças e acessa o plano das experiências (Deleuze; Guattari, 2011); intrínseco no processo de análise documental e na criação da técnica “Caminho de Volta”, “Corpo Inscrito” e “Sombras” para produção de narrativas escritas e orais dos participantes autodeclarados negros da graduação que ingressaram na UEMA - Campus Caxias pelo Sistema Especial 1 de Reserva de Vagas. Outros instrumentos foram usados como a entrevista semiestruturada, a observação e uso do diário de itinerância. Foram referencias basilares Foucault (1995a, 1998b, 2010c, 2023d); Carneiro (2023); Vaz (2022), Vaz e Ramos (2021); Mbembe (2017a, 2018b); Hooks (2019a, 2019b, 2022c); Gomes (2017); Fanon (2020); Machado (2020); Pereira Santos (2023); Morais (2022); Dayrell (2002); Diógenes (1998); Deleuze e Guattari (2010); Larrosa (2022); Certeau (1998); Silva (2020a, 2022b); Passos, Kastrup, Escóssia (2020); Passos, Kastrup, Tedesco (2016); dentre outras leituras de suporte legal e transversal, compondo uma epistemologia de análise clínico política do corpo, racialidade, movimento negro, política de cotas raciais, micropolíticas e juventude negra. As narrativas dos jovens negros cotistas revelaram experiências de dor em suas trajetórias, evidenciando dificuldades no acesso à universidade e nos processos de inclusão no interior desse espaço de poder, dentre elas: preconceito e discriminação pela cor da pele e por serem cotistas; racismo institucional, silenciamento e currículo rígido para os estudos étnico-raciais; letramento racial escasso. A questão do ser pardo manifesta-se como um gargalo, tanto pela dificuldade de ser aceito entre seus pares negros, uma espécie de não-lugar, como na autodefinição, embora a sua presença tenha sido acentuada na política de cotas raciais; ademais, há imbricamento entre raça, gênero, classe e geração manifestando demarcadores interseccionais nas narrativas, vulnerabilizando, principalmente as mulheres cotistas. Em contrapartida, demostraram modos de enfrentamento a partir do uso de táticas que possibilitaram esses jovens negros resistirem através da afirmação identitária do ser negro, do reconhecimento de sujeito de direito e do desempenho do rendimento acadêmico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1714610 - MARIA DO SOCORRO BORGES DA SILVA
Interno - 1167868 - ANTONIA EDNA BRITO
Interno - 1728592 - SHARA JANE HOLANDA COSTA ADAD
Externo à Instituição - 305.***.***-04 - JOSÉ DA CRUZ BISPO DE MIRANDA - UESPI
Externo à Instituição - 065.***.***-06 - MARIA APARECIDA VIEIRA DE MELO - UFPE
Notícia cadastrada em: 08/05/2025 18:04
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