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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCO ANTONIO CONCEIÇÃO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCO ANTONIO CONCEIÇÃO
DATA: 15/05/2019
HORA: 10:00
LOCAL: Sala de Vídeo - CCE
TÍTULO: Filosofia e Cinema: o uso de filmes nas aulas de filosofia no Ensino Médio
PALAVRAS-CHAVES: Cinema. Ensino de Filosofia. Neopragmatismo. Rorty.
PÁGINAS: 72
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: História da Filosofia
RESUMO:

Este estudo tem como objeto de pesquisa o uso do cinema, especificamente o gênero fílmico, nas aulas de Filosofia no Ensino Médio. Seu objetivo central é produzir, a partir de cinco filmes selecionados, um manual de unidades didáticas que contemple os cinco eixos temáticos para o ensino da disciplina de Filosofia no Ensino Médio. O ensino de filosofia pode ocorrer de forma dialógica e expositiva sem, no entanto, desprezar as possibilidades de aprendizagem quando se alia o cinema ao uso de manuais baseados em história da filosofia ou ao recorte temático de textos filosóficos. A avaliação sobre a temática do ensino de filosofia encontrada nos autores referenciados e em muitos outros textos que exploram esse tema por diversas perspectivas nos mostra que ainda é muito habitual a apresentação dos conteúdos disciplinares pelos professores de filosofia de forma expositiva, estática e abstrata. Embora o emprego do cinema nas escolas não seja uma novidade, trata-se de uma prática há bastante tempo conhecida e consolidada. Entretanto, na nossa proposta, o diferencial é que o cinema não é pensado meramente como um meio para a expressão filosófica. Em conformidade com alguns dos principais aportes teóricos de nossa pesquisa, o cinema também pode ser pensado como filosofia. O filósofo americano Richard Rorty, acredita que da substituição gradativa e contínua do sermão e do tratado pelo romance, pelo filme ou pelo programa de televisão podem ser considerados como fatores importantes para o progresso moral. Isso porque a ampliação da imaginação humana permite que nossa sensibilidade também se expanda de modo a abarcar pessoas (estrangeiros, minorias, vítimas de todos os tipos) cuja existência não seriam conhecidas sem o recurso fílmico.  Para Rorty (1992), essa diversidade temática e extensão cultural proporcionada pelos filmes torna o cinema uma ferramenta eficaz para lidarmos com o fato da impossibilidade de encontrarmos um metavocabulário capaz de dar conta de todas as maneiras possíveis de julgar e de sentir, e que tornaria dispensáveis os diversos vocabulários usados por nós. O reconhecimento dessa contingência da linguagem, em função da impossibilidade deste metavocabulário, justifica a inconsequência de apreendermos de maneira monoperspectivista, em um único vocabulário, um mundo que se apresenta diante de nós de forma pluriperspectivista, por diversos vocabulários. Para Melo (1975), o cinema não considerado aqui meramente como uma atividade para fins lúdicos e para o deleite do público, pois, quando é utilizado para fins didáticos, pode se tornar um valioso instrumento de aprendizagem que permite uma infinidade de sentidos e interpretações. Permite ao expectador, que nessa proposta é o aluno, conhecer estratégias alternativas para aprimorar suas reflexões, análises e críticas sobre si mesmo e sobre a realidade que o cerca. Para Cabrera (2006), a partir do surgimento do cinema, é possível classificar os filósofos como pensadores “apáticos” ou “páticos”, sendo que esses últimos seriam os filósofos cinematográficos. Nessa perspectiva, Carrière (1994) também afirma que o cinema deve ser considerado como uma experiência aberta, sempre além de qualquer tentativa limitadora de definição canônica. Read & Goodenough (2005) afirmam que o filme é feito para a filosofia, pois ele muda ou coloca luz diferente sobre qualquer filosofia que tenha especulado sobre aparência e realidade, sobre atores e personagens, sobre ceticismo e dogmatismo, sobre presença e ausência. Assim, nosso estudo propõe a utilização de filmes como recurso didático-metodológico para um ensino de filosofia menos teórico e mais narrativo. Compreendemos que a partir da diversidade dos temas, gêneros e perspectivas abordados pelo cinema poderemos apresentar aos alunos do ensino médio a filosofia de forma mais atrativa, prazerosa e narrativa como alternativa à forma expositiva e conceitual que predomina atualmente no cenário escolar.  Portanto, este estudo tem um caráter intervencionista na medida em que propõe a união entre a arte e a educação através da oferta de um manual de unidades didáticas correlacionando conteúdos, filmes cinematográficos e sinopses filosóficas, intervindo como uma contribuição no espaço escolar como acervo crítico e cultural da filosofia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1553983 - HERALDO APARECIDO SILVA
Interno - 2184886 - EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
Interno - 1446976 - JOSE RENATO DE ARAUJO SOUSA
Externo ao Programa - 1764151 - JOSE ELIELTON DE SOUSA
Notícia cadastrada em: 04/12/2025 09:58
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